O Papa Francisco segue internado no hospital Gemelli de Roma há 14 dias. O quadro do pontífice, segundo os últimos boletins médicos, segue complexo e com prognóstico reservado, isto é, sem uma previsão clínica de melhora, embora o Santo Padre tenha apresentado uma leve melhora nos últimos dias.
Diante desse cenário, o Vaticano convocou vigílias de oração pela recuperação da saúde do pontífice e o mundo católico como um todo se levantou para rezar pela mesma intenção.
Contudo, é simplesmente um fato que o pontificado do Papa Francisco tem sido marcado como um dos mais polarizados da História. O pontífice é reconhecido como um dos grandes representantes do progressismo católico e diversas ações do seu pontificado foram marcadas por notáveis polêmicas. Enumeramos algumas:
a) O desmantelamento da Pontifícia Academia para a Vida mediante a reforma de seu estatuto, incluindo nisso a retirada da declaração de fidelidade dos seus membros ao Magistério e admissão de membros abortistas;
b) A abertura de uma pastoral, em Amoris Laetitia, para promover a comunhão para casais em segunda união, revertendo a pastoral proposta pela Veritatis Splendor;
c) A reversão da doutrina da pena de morte;
d) A dolorosa e severa restrição da Missa Tridentina mediante a promulgação do motu proprio "Traditiones Custodes";
e) O sepultamento da "Reforma da Reforma" de Bento XVI;
f) A promoção do clero progressista, principalmente do lobby LGBT;
g) O reerguimento da Teologia da Libertação;
h) A permissão de benção de pares homossexuais em "Fiducians Supplicans";
i) O partidarismo na punição de bispos e cardeais conservadores;
j) A ruptura com a venerável tradição do serviço do altar exclusivamente masculino;
k) Apoio a políticos abortistas e combate a políticos conservadores;
l) A declaração de que todas as religiões levam a Deus e que a pluralidade delas é um dom ou presente de Deus;
m) A declaração de desejo por um inferno vazio.
A lista de controvérsias não é pequena e por tais razões muitos proeminentes católicos chegaram a aventar que estaríamos diante do pior pontificado da História. Durante o pontificado de Francisco, além de haver um grande decréscimo das vocações, verificamos notórios católicos, alguns deles heróis de guerra da apologética católica, cardeais, bispos, etc., adotarem uma postura crítica ao pontificado, tais como Scott Hahn, Phil Lawler, George Weigel, Ralph Martin, Edward Feser, Cardeal Sarah, Dom Athanasius Schneider, Cardeal Gerard Müller, Eric Sammons, Karl Keating, entre outros.
No atual pontificamos, verificamos como os grandes machucados pelo pontificado de Francisco os católicos tradicionais, que foram surpreendidos com a reversão do motu proprio Summorum Pontificum de Bento XVI pela Traditiones Custodes. Este documento foi particularmente doloroso, porque recolocou a Igreja em uma situação análoga aos anos 80, nos quais as missas tridentinas eram extremamente raras e o que restava ao católico era se contentar com a já controversa Missa Nova cheia de abusos litúrgicos. No entanto, além de tradicionalistas, muito católicos ratzengerianos e wojtylianos (George Weigel, por exemplo) também encontram-se entre os católicos ressentidos com o atual pontificado, dado que Francisco, infelizmente, tornou-se conhecido por reverter a obra de seus últimos dois predecessores, esta sempre muito marcada pela busca da correção dos excessos do Concílio e pela perseguição da reconciliação interna da Igreja.
Pois bem. Ao que parece o Papa Francisco chegou ao seu estado mais delicado de saúde de seu pontificado. Os médicos não excluem o risco de morte. Diante desse cenário, muitos católicos foram criticados por católicos progressistas por não estarem, neste momento, apresentando muita comoção pública pela recuperação física do pontífice. Michael Matt, por exemplo foi duramente criticado por Dave Armstrong por fazer a seguinte afirmação em seu em seu Instagram:
"Somos obrigados a orar por uma recuperação rápida e completa do Papa Francisco? Por que essa seria a santa vontade de Deus? Francisco tem 88 anos. Vamos orar para que ele se arrependa, tenha uma morte feliz e enfrente a eternidade nas boas graças de Deus, independentemente do que pensemos de seu pontificado."
Matt é um conhecido tradicionalista americano e ferrenho opositor do pontificado de Francisco. Nesta fala, Matt entende que não estamos obrigados a rezar pela recuperação da saúde do papa, mas apenas por sua conversão e boa eternidade com Deus. Dave julgou a fala de Matt como verdadeiramente desprezível, dando a entender que o desejo de todo católico deve ser o reestabelecimento da saúde do papa.
Tradução:
"Reacionário Michael Matt (do infame "Remnant"): Não estamos obrigados a rezar pela recuperação do Papa, mas sim por seu arrependimento!
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"Somos obrigados a orar por uma recuperação rápida e completa do Papa Francisco? Por que essa seria a santa vontade de Deus? Francisco tem 88 anos. Vamos orar para que ele se arrependa, tenha uma morte feliz e enfrente a eternidade nas boas graças de Deus, independentemente do que pensemos de seu pontificado." [20-2-25 em seu trapo vergonhoso]
Efésios 6:18 (RSV) "Orem em todo o tempo no Espírito, com toda oração e súplica. Para esse fim, mantenham-se alertas com toda a perseverança, fazendo súplicas por todos os santos."
Tenho alertado as pessoas sobre o Remnant e outros grupos reacionários desse tipo durante os 28 anos desde que tenho um site/blog. Há mil boas RAZÕES para isso: uma delas é evidente nas opiniões e no comportamento desprezíveis de Matt."
Não compartilhamos de muitas das opiniões de Michael Matt e não entendemos como razoável a sua postura muitas vezes acintosa contra o Santo Padre. Devemos sempre ter em mente que o Sumo Pontífice, como ensina o Pe. William Faber em "Da Devoção ao Papa", é realmente uma pessoa venerável, razão pela qual devemos ter verdadeira piedade filial, independente de quem seja. Não é admissível a um cristão zombar ou desprezar o Sumo Pontífice. Não é possível, por isso mesmo, nutrir ódio de inimizade, pelo qual se deseja o mal enquanto tal ao próximo, contra o Santo Padre.
No entanto, devemos nos perguntar: Michael Matt mentiu? Católicos que foram feridos por este pontificado estão realmente obrigados a desejar e rezar pela pronta recuperação do Papa? É o que iremos descobrir.
Para tanto façamos um digressão sobre (i) como se compreende o ódio e a caridade pelos inimigos e (ii) se um papa pode ser o nosso inimigo.
O ódio e o amor pelos inimigos
Santo Afonso de Ligório ao tratar do ódio e do amor aos inimigos em sua Teologia Moral distingue o ódio de inimizade do ódio de abominação:
"Embora seja pecado mortal ex genere suo o ódio de inimizade, ou seja, à pessoa secundum se e aos bens que em si possui, desejando-lhe mal por mal, ou na medida em que é mal para ela; contudo muitas vezes é lícito o ódio de abominação, ou seja, de qualidade, com o qual aborrecemos não o homem, mas sua malícia, ou a pessoa em quanto é má, ou prejudicial a nós, como ensina Coninck e as opinião comum."
E complementa:
"É lícito desejar mal ao próximo, por exemplo, temporal (desde que não seja mais grave que justo), em quanto é para ele um bem, por exemplo, doença ou adversidade, para que se emende dos seus pecados. Bonacina", com funda-mento em muitos. Mas é preciso prevenir que não seja feito por vingança, com que pecas mortalmente, conforme se pode ler no Salmo 108 sobre o inimigo. Porém, em geral, é lícito desejar a outras pessoas, com afeto ineficaz, males de pena por causa do bem espiritual próprio ou alheio: porque, como nesse afeto se antepõe o bem espiritual ao temporal, não é desordenado. Veja-se Lessius. - [Veja o que será dito no Liv. V, n. 21].
<<Assim, é lícito, por exemplo, desejar a morte ao heresiarca ou ao perturbador da paz pública, por causa do bem comum e de muitos; conforme o passo de Gálatas 5, 12: Oxalá fossem cortados. Também é lícito entristecer-se com as dignidades concedidas aos indignos, ou com a saúde de quem dela se vale para pecar. Igualmente é lícito desejar a alguém a morte, pobreza ou doença, para que abandone o pecado e mude de vida. Pela mesma razão, Bonacina, Azor e Palao escusam de pecado a mãe que deseja a morte das filhas, quando, por alguma deformidade ou penúria, não lhes pode arranjar núpcias por meios honestos e cômodos». [Isto porém não se deve admitir de jeito nenhum; como dizem acertadamente os Salmanticenses e Roncaglia)"
Segundo padroeiro dos confessores e moralistas, o ódio de inimizade é aquele em que odiamos a pessoa em si mesma e desejamos a ela o mal pelo mal, isto é, como um ato de vingança. Já no ódio de abominação se detesta não a pessoa, mas a sua malícia, os seus pecados ou o mal que faz a nós. O ódio de inimizade é proibido nutrirmos contra qualquer pessoa, inimiga ou não, porque somos obrigados por dever de caridade a desejar a salvação do próximo. Desejar o mal gratuito ao inimigo significaria um ódio à criação de Deus e à bondade que ele inscreveu nas criaturas. Assim, odiar uma pessoa é o odiar o próprio Deus. O ódio de abominação, porém, é lícito termos, desde que não odiemos a pessoa em si mesma, e poderíamos inclusive desejar um mal temporal, mesmo a morte, para um inimigo visando o bem moral dele, isto é, a sua conversão e mudança de vida, ou o bem comum. Inclusíve é lícito nos entristecermos com a saúde de quem dela se utiliza mal.
O mesmo entendimento é seguido por outros moralistas. Antonio Royo Marín, em sua "Teologia Moral para Leigos", assim ensina:
"Já falamos dele ao expor a doutrina sobre o perdão aos inimigos. Aqui nos limitamos a recordar alguns princípios fundamentais.
1.º) O ÓDIO DE INIMIZADE (pelo qual se deseja ao próximo algum mal enquanto tal, ou se tem alegria por seus males, ou tristeza por seus bens) opõe-se diretamente à caridade (amor de benevolência) e é em si pecado mortal, a não ser por pequenez de matéria ou imperfeição do ato. Consta expressamente na Sagrada Escritura (1Jo 2, 9; 3, 14-15; 4, 20, etc.) e pelo fato de que o próximo, ainda que seja mau e pecador, foi redimido por Cristo, é membro do Corpo místico de Cristo (em ato ou em potencia) e está destinado à vida que são outros tantos motivos de caridade.
2.º) O ÓDIO DE ABOMINAÇÃO (que recai sobre o próximo enquanto pecador, perseguidor da Igreja, ou pelo mal que nos causa injustamente) pode ser reto e legítimo caso se deteste não a pessoa mesma do próximo, mas o que há de mau nela; porém, caso seja odiada pelo que há nela de bom ou pelo mal que nos causa justamente (v.g., o juiz, o superior, etc., castigando legitimamente o delinquente), opõe-se à caridade (amor de concupiscência) e é pecado em si grave, a não ser por pequenez de matéria ou por imperfeição do ato.
3.º) Não há pecado algum em desejar ao próximo algum mal fisico, mas sob a razão de bem moral (v.g., uma enfermidade para que se arrependa sua má vida). Tampouco o seria alegrar-se com a morte do próximo que propagava erros ou heresias, perseguia a Igreja, etc., contanto que este gozo não redunde em ódio para com a própria pessoa que causava aquele mal. A razão é que odiar o que em si é odioso não é nenhum pecado, mas totalmente obrigatório quando se odeia segundo a reta ordem da razão e da maneira e com a finalidade devidas. Não obstante, é preciso estar muito alerta para não passar do ódio de legítima abominação do mal ao ódio de inimizade para com a pessoa culpada, o que nunca é lícito, ainda que se trate de um grande pecador, já que ainda está em tempo de se arrepender e se salvar. Somente os demônios e os condenados do inferno se tornaram definitivamente indignos de todo ato de caridade em qualquer de suas manifestações." (n. 538)
Antonio Arregui em "Summarium Theologiae Moralis" igualmente diz:
"Nem todos os penitentes que se acusam de ódio são imediatamente acusados de pecado grave; pois muitas vezes confundem o ódio da inimizade, que é exercido contra uma pessoa em si mesma e dos bens que ela possui, com o ódio da abominação, que é exercido contra suas más qualidades, ou sobre uma pessoa considerada prejudicial para nós, ou com uma aversão natural e invencível que não é má em si." (n. 140)
Portanto, não é contrário ao preceito de amarmos os nossos inimigos o ódio de abominação e o desejo de certos males para sua correção ou para o bem comum. Com isto estabelecido, abordaremos agora se é possível existir ódio de abominação contra um papa.
Os maus papas e o ódio de abominação
Não há qualquer dúvida razoável de que maus papas existiram. Até mesmo o mais ferrenho dos continuístas é capaz de reconhecer esta verdade. Na História da Igreja já se viu papas sodomitas, assassinos, estupradores, fornicadores e favorecedores de heresia. Alguns desses Papas foram publicamente defenestrados pela Igreja Romana, sendo o maior exemplo o Papa Honório. Honório, independente se ensinou heresia ou não, não tem boa memória perante a Igreja e é contado entre os anematizados por ela.
Com efeito, é possível afirmarmos que, sim, um papa pode ser tanto inimigo pessoal de um indivíduo, já que é capaz de pecados mortais contra a vida, o matrimônio, o patrimônio de alguém, etc., quanto um inimigo da Igreja, na medida em que diz heresias (Se um Papa pode ser herege é disputado entre os teólogos) ou que as favorece (não é disputável se um Papa pode favorecer heresias, pois a Igreja confirmou que Honório fez isso).
Sendo assim, é igualmente possível existir ódio de abominação a um pontífice.
Nesse contexto, é simplesmente um fato que o pontificado de Francisco machucou muitos católicos. Papa Francisco tomou decisões impopulares que geraram (e ainda geraram) uma onda de desconfiança e até de profundo ressentimento contra o Sumo Pontífice. Lembremos que a Traditiones Custodes dizimou comunidades inteiras e frutuosas de católicos ligados à Missa Tridentina. Uma ação pastoral dessas dificilmente não poderia ser enquadrada como um pecado contra caridade. Mesmo um católico progressista como Karl Rahner reconhecia que o Papa que pretendesse extinguir um rito tradicional cometeria uma falta gravíssima contra a caridade e a unidade da Igreja:
"Imagine que o Papa, como pastor supremo da Igreja, emitiu hoje um decreto exigindo que todas as igrejas unidas do Oriente abandonassem a sua liturgia oriental e adoptassem o rito latino... O Papa não excederia a competência do seu primado jurisdicional e o decreto seria legalmente válido.
Mas também podemos colocar uma questão totalmente diferente. Seria moralmente lícito que o Papa emitisse tal decreto? Qualquer homem razoável e qualquer cristão verdadeiro teria de responder “não”. Qualquer confessor do Papa teria de lhe dizer que na situação concreta da Igreja hoje tal decreto, apesar da sua validade jurídica, seria subjetiva e objetivamente uma ofensa moral gravíssima contra a caridade, contra a unidade da Igreja bem entendida (que não exige uniformidade), contra a possível reunião dos Ortodoxos com a Igreja Católica Romana, etc., um pecado mortal do qual o Papa só poderia ser absolvido se revogasse o decreto." (Studies in Modern Theology de Karl Rahner (Herder, 1965, pp. 394-395)
Pe. Chad Ripperger igualmente afirma em seu livro "The Binding Force of Tradition" que o ataque aos monumentos da Tradição, nos quais os ritos tradicionais se inserem, é um pecado, podendo ser até mesmo grave, contra a caridade:
"Se alguém ama o próximo, desejará garantir que o próximo receba a tradição tão plenamente quanto possível para o bem da sua salvação. As extensas mudanças recentes na tradição tornaram mais difícil a salvação das nossas almas, o que é contra a caridade. O assalto aos monumentos, bem como a clareza doutrinária sobre a fé e a moral ensinada pela Igreja, devastou os afetos que as pessoas têm pelas coisas da fé e às quais estão apegadas de uma forma devidamente ordenada. O impacto que teve nas pessoas é claramente contra a caridade e não pode ser interpretado de outra forma que não seja pecaminoso, muitas vezes gravemente pecaminoso, especialmente quando falamos do desprezo com que estas coisas foram mudadas, bem como do desprezo demonstrado por aqueles que foram atados a elas de maneira corretamente ordenada."
Papa Francisco, ademais, foi um tanto controverso nesta decisão, tendo em vista que revogou inteiramente a legislação de um predecessor ainda vivo, Bento XVI, colocando em risco a credibilidade das decisões da Igreja.
Além disso, as declarações polêmicas tais como "Gosto de pensar em um inferno vazio", "A pluralidade das religiões é um dom de Deus", "A pena de morte é inadmissível para além de toda circunstância" são tão ou mais problemáticas que o ensino dúbio de Honório.
Por tais motivos, é totalmente compreensível que alguns católicos se sintam verdadeiramente feridos e ressentidos com Francisco e não nutram agora afetos especiais de amizade, não fiquem entristecidos com sua enfermidade e nem façam comoção pública pela sua rápida recuperação.
Estes sentimentos e esta atitude desses católicos não são censuráveis, se não forem movidos por ódio de inimizade, mas unicamente pelo desejo de que os males temporais ajudem o Papa a mudar os rumos do pontificado ou a conquistar a vida eterna (opinião de Michael Matt) ou ainda para ver o fim de um governo especialmente doloroso.
É preciso dizer que Deus exige de nós uma caridade sobrenatural para com o próximo, mas não exige, absolutamente, uma caridade repulsiva à natureza ou contrária ao bem comum. Em outras palavras, Deus quer que conservemos em absoluto o desejo de salvação do próximo, porém não exige que desejemos ao próximo a preservação de todo mal. Alguns males temporais, em certas circunstâncias, são medicinais para ele. Desejar ao próximo todo bem possível e imaginável não seria nem mesmo reto em algumas ocasiões, especialmente naquelas em que a justiça precisa seguir seu curso.
Pois bem. O que esses católicos machucados pelo pontificado podem fazer então? As opções são diversas. Eles podem:
1. Rezar pela recuperação do Papa, para que não venha um papa pior. Esta posição é uma das sugestões indicadas por Santo Tomás de Aquino em "De Regno":
"Verdadeiramente, costuma acontecer, na tirania, tornar-se a posterior mais grave que a precedente, pois não retira os gravames anteriores e, até, pela perversidade do coração, excogita novos. Por essa razão (Valério Máximo, Memorabilia, VI, 2, ext. 2), como outrora, em Siracusa, todos desejassem a morte de Dionísio, certa velha orava continuamente a fim de que ele ficasse incólume e sobrevivesse a ela. Disso sabendo, interrogou o tirano por que fazia assim. Ao que respondeu: “Quando eu era menina, como tivéssemos pesado tirano, desejava a morte dele; morto esse, sucedeu-lhe outro algo mais rude, cujo fim de dominação eu tinha por grande bem. E começamos a ter um governo mais intolerável, que és tu. Portanto, se fores derrubado, sucederá um pior no teu lugar”." (Cap. VII)
2. Rezar pela recuperação do Papa, mas pedindo que ele se torne santo ou mude os rumos do pontificado. Nesse sentido, pode-se rezar a prece "Oremus Pro Pontifice Nostro" que pede a Deus que vivifique o Papa e lhe dê santidade de vida na Terra.
℣.Oremus pro Pontifice nostro NN.
℟. Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius.
℣. Tu es Petrus,
℟. Et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam.
Oremus.
Deus, omnium fidelium pastor et rector, famulum tuum NN, quem pastorem Ecclesiae tuae praeesse voluisti, propitius respice: da ei, quaesumus, verbo et exemplo, quibus praeest, proficere: ut ad vitam, una cum grege sibi credito, perveniat sempiternam.
Per Christum, Dominum nostrum.
℟. Amen.